É dessas coisas que a gente não explica, não entende
e a mente não processa direito. Morreu hoje João Carlos Sampaio, crítico de
cinema nascido no município baiano de Aratuípe, e que trabalhava no jornal A
Tarde.
Rodava o Brasil cobrindo mostras e festivais de
cinema, como crítico e curador, e levava a cara da Bahia com ele porque figura
mais sorridente e jocosa não havia no meio crítico (olha só ele todo alegre na
foto acima, com a turma da Oficina de Crítica de 2011, no Panorama).
Por isso mesmo era tão querido por todos, como fica
evidente nas declarações de amigos por toda parte do país sobre essa dura e
repentina perda. Morreu, inclusive, durante uma dessas viagens, cobrindo o Cine
PE. Vai fazer uma falta enorme pra gente.
Foi-se um grande profissional e foi também um amigo,
um sujeito dos mais amáveis que eu conheço, um grande apaixonado pelo cinema
que espalhou e germinou essa paixão em todos aqueles que se dispuseram a
aprender com ele.
Eu fui um desses, como que apadrinhado por sua
figura generosa, e só tenho a agradecer os momentos que pude estar junto a um
mestre. Porque ele também gostava de espalhar esse amor pelo cinema e pela boa
crítica, me ensinou muito e certamente serviu de modelo para muita gente.
Através da tradicional Oficina de Fruição e Crítica
Cinematográfica, realizada no Panorama Internacional Coisa de Cinema e também
na Mostra Cinema Conquista, de onde era curador, João despertou em muitos o
fascínio pelo mundo da sétima arte e por essa coisa de ser crítico de cinema, traduzido
por ele mesmo como um “interpretador de sonhos”.
O principado de Aratuípe amanhece
hoje triste com essa enorme perda, assim como tristes ficam todos aqueles que
tiveram o prazer de conhecê-lo.
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