quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Noves fora...

Nine (Idem, EUA/Itália, 2009)
Dir: Rob Marshall



Oito e Meio é um dos filmes de minha vida. Entra fácil numa lista minha de melhores de todos os tempos. Acho que por isso a decepção de ver um filme como Nine só aumente, pois fica evidente como o fator preguiça tomou conta dos envolvidos no projeto. Da direção burocrática ao elenco estelar que é só caras e bocas. Nada no filme parece aproveitável.

Como um remake da obra-prima do mestre italiano, a história nada traz de novidade, somente a transfiguração da crise criativa de um cineasta (Daniel Day-Lewis) em números musicais em que ele vê surgir as várias mulheres que o suportam ou lhe complicam a vida.

Mas é quase como um desperdício porque os números musicais nada mais parecem do que teatro filmado. Sendo o filme uma adaptação de um espetáculo da Broadway, tudo se explica. A coisa fica mais vergonhosa quando lembramos que Rob Marshal já fez o oscarizado Chicago, um filme do qual eu nem gosto tanto, mas que supera esse aqui facilmente.

Assim, é frustrante ver um time impressionante de atrizes se prestando a papéis tão estereotipados e frágeis, como peças de um joguinho de manipulação. A mais prejudicada é Sophia Loren, atriz portentosa, que funciona como vitrine numa espécie de homenagem mais próxima que o filme conseguiu; sua mãe é constrangedora de tão apagada.

Judi Dench parece a única que descobriu a enrascada em que se meteu, mas conduz sua personagem com dignidade e talento como se estivesse fazendo pouco do filme. Marion Cotillard está ótima como a esposa, personagem privilegiada por ainda ter uma importância dramática na história. Fergie, a personagem mais ignorada da narrativa, é justamente quem entrega os melhores número e canção de todo o filme, bela surpresa.

Por outro lado, Penélope Cruz é um desastre, está ali só para abrir as pernas; até agora eu fico pensando como ela conseguiu ser indicada ao Oscar. Nicole Kidman sai ilesa, embora sua personagem seja totalmente descartável. E Kate Hudson, apesar de dançar muito bem, possui o número musical mais equivocado de todo o filme.

Daniel Day-Lewis, por sua vez, é o mais prejudicado. É um ator talentoso, mas não é dos melhores cantores. Está sempre com a mesma cara de ressaca, sendo jogado de um lado para outro da história, à mercê de um roteiro fajuto em que tudo soa tão desinteressante e insosso.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Das torturas da vida

Preciosa – Uma História de Esperança (Precious: Based on a Novel Push by Sapphire, EUA, 2009)
Dir: Lee Daniels

Confesso que tinha um medo enorme desse filme pois prometia ser mais uma história de superação depois que sua protagonista passasse por todo tipo de problemas e humilhações. Na verdade, Claireece Precious Jones (a novata e talentosa Gabourey Sidibe) passa mesmo por uma via crucis atormentadora. Mas existe uma dignidade tão grande em sua história, e um tratamento que busca fugir da tão temida autopiedade, que o filme se mostra como uma das grandes surpresas desse período de premiações.

Ela está grávida pela segunda vez de seu próprio pai, já tendo uma filha com síndrome de down com ele. Mora com a mãe controladora e agressiva que a trata como uma escrava, mas vive da pensão que a filha ganha da assistência social por ter uma filha especial. Negra e obesa, Claireece é o triste retrato de tantas outras meninas que vivem situações de abuso doméstico.

Portanto, o filme não podia ser menos que doloroso, acompanhado de inevitáveis lágrimas e pesares (daí se justifica uma fotografia quente e sufocante, com tons fortes, principalmente no ambiente opressor de sua casa). A decisão de enfrentar sua mãe em prol de uma alternativa melhor de vida gera o tipo de embate do qual ela não pode sair ilesa.

A ajuda que consegue num programa educacional junto a outras meninas “problemáticas”, e principalmente com o apoio de sua professora (a ótima Paula Patton), é o suporte para uma nova caminhada, mesmo que ainda cheio de pedras. Assim, Lee Daniels não poupa sua protagonista de todas suas limitações acumuladas (como o fato de ser analfabeta).

Mas o melhor de sua direção é que ele não permite um sentimento de compaixão doída por Claireece. Sempre que ela é humilhada ou passa por uma agressão, surgem imagens glomourosas onde ela mesma se vê belamente vestida, como uma artista, cantando, dançando e rodeada de fãs. Ao mesmo tempo que isso revela os sonhos utópicos de uma menina (o que ela ainda é), o filme se afasta do melodrama mais barato. Ainda bem.

Se Gabourey Sidibe se sai muito bem ao adotar um tom bem natural, uma vez que ela nunca atuou num filme, é Mo’Nique quem entrega a melhor interpretação. A mãe tediosa que ela vai construir parecia presa a um estereótipo perigoso, mas mostrará suas razões num dos momentos mais marcantes do filme, muito embora não esteja procurando uma redenção, pois continuaremos a odiá-la. E a desejar um futuro melhor para Claireece, apesar do tortuoso e difícil caminho que ainda encontrará pela frente.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sementes do Mal

A Fita Branca (Das Weiße Band, Alemanha/Áustria/França/Itália, 2009)
Dir: Michael Haneke



A maior qualidade de A Fita Branca é de ser potente sem ser explosivo. Pouco antes de declarada a Primeira Guerra Mundial, numa pequena vila no interior da Alemanha, misteriosos e perversos acontecimentos passam a chocar os habitantes, revelando assim ódios e rancores escondidos, principalmente pelas crianças.

Um personagem-narrador é quem conduz a história, mas está longe de ser um protagonista. Nesse filme, o personagem principal parece ser o ódio alimentado que vem à tona em forma de vingança contra aqueles que justamente implantaram tal sentimento.

A grande suspeita vai recaindo sobre as crianças do local, embora nunca teremos provas concretas disso. As bases de uma educação rígida que faz parte da rotina de todas as famílias se voltam contra si. A perversidade está estampada no filme, embora nunca a vemos. A violência, a dor, o sofrimento, está tudo ali, mas nada é explícito.

Se inicialmente podemos ver o filme sob a perspectiva da gênese do nazismo, será possível ir mais além, uma vez que a crueldade é um sentimento universal e a simples alusão à guerra já subtende o cruel conflito entre nações. Portanto, o filme pode ser encarado como a explosão do ódio europeu num momento histórico que irá marcar profundamente o século XX.

A direção de Haneke continua primorosa e sem chamar muita atenção para si, mas fica claro o minimalismo na construção de cada cena, com seus habituais planos-sequências e a ausência de trilha sonora. Porém, é a fotografia em preto-e-branco o aspecto técnico mais marcante do filme, muito provavelmente um dos mais caprichados de todos os seus filmes. Ao mesmo tempo em que ambienta o início do século XX, traz uma atmosfera de apreensão e suspense, como se a ausência de cor se refletisse na falta de afeto.


Além disso, merece destaque o elenco inteiro do filme, mesmo aqueles que aparecem pouco em cena. Todos os atores possuem uma expressividade incrível na tela, dos adultos e seus individualismos até as crianças em sua inocência torta. Essas então parecem ter sido escolhidas a dedo porque defendem seus personagens com força e competência difíceis de se ver em tal quantidade.

Para muitos que contestaram a Palma de Ouro que o filme recebeu das mãos de Isabelle Hupert (que trabalhou com o diretor em alguns filmes), fica a força de uma obra riquíssima sobre a maldade em sua origem, levando a marca de seu diretor. Haneke prova mais uma vez o quanto se pode dizer com tão pouco. E como a verdade pode ser tão difícil de identificar quanto de contornar.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pop detetive

Sherlock Holmes (Idem, EUA, 2009)
Dir: Guy Ritchie


Eu não tenho nada contra adaptações personalizadas. Quando um cineasta se propõe levar para as telas personagens e histórias que já existem, faz muito bem ao incluir sua marca pessoal no projeto. O grande problema é quando essa interferência faz com que o personagem perca totalmente suas características intrínsecas. É justo isso que acontece no novo filme de Guy Ritchie.

Essa era inclusive a oportunidade do diretor em trabalhar com um material diferenciado, a fim de diversificar um pouco, porque todos os filmes dele parecem os mesmos (Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch – Porcos e Diamantes), outros são péssimos (Revólver e RocknRolla). Pelo visto, Ritchie não quis arriscar, ou não pôde; ou os dois.

E olha que eu não sou dos maiores fãs do detetive londrino. Sei que a criação de Conan Doyle foi de enorme importância para a literatura policial (com reflexos na narrativa fílmica), mas o método de adivinhação via observação aguçada do Sherlock sempre me pareceu duvidoso, forçado.

De qualquer forma, é bastante desanimador que o filme utilize desses artifícios para promover uma atmosfera de ação e adrenalina quando o verdadeiro Sherlock era só concentração e uso das células cinzentas. Por que fazer dele um tresloucado fajuto? Por que usar o gosto do personagem por boxe e fazer dele um lutador de luta livre? Se o filme pretendia ser mais ousado, cadê a predileção do personagem pela maconha?

Então, pode-se questionar: se o personagem foi tão distorcido, por que o filme se chama Sherlock Holmes, e não Dois Detetives em Apuros? Resposta: desse jeito que está, o projeto atrai publico para um personagem reconhecível, garantindo apelo comercial. Elementar, caro Ritchie.

Sem falar nos recursos de edição que parecem tomados da síndrome Michael Bay. Na primeira cena de luta, os movimentos e cortes são tão rápidos, que aposto como ninguém sabe o que aconteceu; e isso se repete com outras cenas do longa. Robert Downey Jr. e Jude Law fazem um bom par, mas se o primeiro é construído como um lunático esperto, o outro possui aquele tom de ajudante que segue ordens e se deixa humilhar. Rachel McAdams só está ali para fazer caras e bocas.

Ainda assim, vale destacar os aspectos técnicos da obra, muito bem ambientada numa Londres sombria, através de fotografia que explora bastante os espaços escuros, e direção de arte e figurinos de encher os olhos. Mas é a trilha sonora o maior destaque do filme, o que ainda faz valer a experiência em meio a tanta distorção.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dobradinha Murnau

Nosferatu (Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens, Alemanha, 1922)
Dir: F. W. Murnau


Essa é a primeira versão da conhecida história do Conde Drácula para o cinema, adaptação livre e não autorizada da obra de Bram Stoker. O corretor de imóveis Hutter (Gustav von Wangenheim) é convocado a visitar o conde Orlok (Max Schreck) nos Montes Cárpatos para vender-lhe uma propriedade na cidade de Bremen, mas irá se surpreender com o assustador anfitrião, na verdade um milenar vampiro disposto a alastrar uma grande peste na cidade. Através de Hutter, Orlok irá se encantar por sua esposa, a doce Ellen (Greta Schröder).

O cinema de horror deve muito a Nosferatu como uma das grandes inspirações para o gênero, aliado às características do Expressionismo Alemão, corrente artística que se utiliza do jogo de sombras, o forte contraste do claro-escuro, a composição dos cenários, a expressão exagerada dos atores (devido também ao cinema mudo), tudo em prol do efeito dramático. É isso que faz as imagens soarem tão consistentes na sua intenção de criar atmosfera de suspense constante. O filme se beneficia disso para prender o espectador e fazê-lo se arrepiar com a simples aparição do príncipe das trevas na tela.


Tabu (Tabu: A Story of the South Seas, EUA, 1932)
Dir: F. W. Murnau



Depois de realizar Aurora, seu primeiro filme em solo norte-americano e um dos romances mais incríveis a que eu já tive oportunidade de assistir, a carreira do cineasta alemão F. W. Murnau se afasta um tanto do Expressionismo e ganha a seara dos filmes românticos. Esse aqui, seu último trabalho (ele morreu durante um acidente de carro pouco antes da estreia do filme) conta a história de amor impossível entre dois nativos da ilha de Bora Bora, então intocada pela civilização branca. A bela Reri (Anne Chevalier) foi escolhida para ser a virgem sagrada dos deuses que guardam a ilha. A partir de então, não pode ser cobiçada por homem nenhum; mas o amor de um jovem tentará quebrar a tradição.

Murnau continua dono de um apuro técnico impecável, filmando tudo com muita elegância; cada plano parece ser bem estudado e filmado com esmero. A trilha é outra acerto pois acentua belissimamente o triste destino dos amantes, obrigados a fugirem. Vale ressaltar que o roteiro foi co-escrito pelo pai do cinema documental Robert Flaherty (seu Nanook, o Esquimó é um marco no gênero), talvez por seu conhecido trabalho com civilizações desconhecidas. As divergências culturais entre os nativos e o homem branco é um fator bem explorado pelo filme, mas é a relação de amor impossível entre os protagonistas o grande centro da narrativa, acentuado por um final corajoso e sincero.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Pássaro engaiolado

Amor Sem Escalas (Up in the Air, EUA, 2009)
Dir: Jason Reitman


De Juno, filminho independente que deu uma bela alavancada na carreira de Jason Reitman, a seu atual Amor Sem Escalas, parece haver uma diferença muito grande de qualidade. No entanto, esse voo mais alto (infame trocadilho) parece ter diminuído o talento de Reitman em construir dramas mais consistentes.

Ao mesmo tempo que falta sutileza na história, o filme parece querer imprimir uma certa atmosfera de pesar, mas tentando ser engraçadinho. Interessante que esse tom está ali na tela, mas carece de uma força maior para nos importarmos com aqueles personagens e suas situações. O fato do filme ser um dos grandes candidatos ao Oscar de Roteiro Adaptado complica ainda mais a situação.

Ryan Bingham (George Clooney) tem uma profissão ingrata: ele é pago para demitir os funcionários de grandes empresas dos EUA. Passa todo o tempo viajando. Mas seu emprego fica em xeque quando seu chefe contrata Natalie Keener (Anna Kendrick), que pretende implantar um sistema de demissão via videoconferência. Ele então passa a levá-la em suas viagens para que ela sinta o verdadeiro sentido de seu ofício.

Por mais que se esforce, o filme parece bastante frágil já nesse argumento. A questão da demissão, e suas consequências devastadoras, não parecem importar tanto, apesar de pontuar algumas observações sobre o tema, que podia ser muito mais explorado. Mas Amor Sem Escalas se debruça mais sobre esse homem que dispensa laços afetivos, amorosos ou familiares. Ao ensaiar uma nova forma de ver a vida, o filme só reforça o tom de lição de moral, muito embora o final consiga, felizmente, fugir desse desmérito.

George Clooney mantém sua presença marcante, como sempre. A mais prejudicada no elenco, entretanto, é Anna Kendrick, atriz fraquíssima, dona de uma personagem mal desenvolvida que parece estar no filme somente para desencadear as dúvidas e questionamento de Ryan.

Vera Farmiga, por sua vez, é o grande nome do filme, uma espécie de aventura amorosa que Ryan encontra em suas viagens. Numa atuação rica de nuances e muito segura de sua personagem, ela representa a própria frieza do homem globalizado, refém e cúmplice do atual sistema. É através dela que Ryan descobre ser um homem que voa, mas está constantemente preso numa gaiola.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Filmes de Janeiro

Eu gostaria de escrever sobre muito mais filmes do que eu consigo, mas o tempo tem sido carrasco. Passarei, então, a listar mensalmente os filmes vistos, a fim de dar uma visão geral ao que tem passado pelos meus olhos (e olhares). Em janeiro:


1. Contatos de 4º Grau (Olatunde Osunsanmi, EUA, 2009) **

2. Planeta 51 (Jorge Blanco, Javier Abad e Marcos Martinez, EUA, 2009) ***

3. Hanami – Cerejeiras em Flor (Doris Dörrie, Alemanha/França, 2008) ***½

4. Lula, O Filho do Brasil (Fábio Barreto, Brasil, 2009) **½

5. 2012 (Roland Emmerich, EUA, 2009) *½

6. Imitação da Vida (Douglas Sirk, EUA, 1959) ****

7. As Testemunhas (André Téchiné, França, 2007) ****

8. Fados (Carlos Saura, Espanha/Portugal, 2007) **½

9. Juventude Desenfreada (Nagisa Oshima, Japão, 1960) ***½

10. O Guerreiro Genghis Khan (Sergei Brodov, Cazaquistão/Mongólia/Rússia/ Alemanha, 2007) **

11. Tá Chovendo Hambúrguer (Phil Lord e Chris Miller, EUA, 2009) **

12. Divã (José Alvarenga Jr., Brasil, 2009) **½

13. Eu Te Amo, Cara (John Hamburg, EUA, 2009) ***

14. Império dos Sentidos (Nagisa Oshima, Japão, 1976) ***½

15. O Segredo do Grão (Abdel Kechiche, França, 2007) ***½

16. Garota Infernal (Karyn Kusama, EUA, 2009) *

17. Sociedade dos Poetas Mortos (Peter Weir, EUA, 1989) ***

18. Fando e Lis (Alejandro Jodorowsky, México, 1968) ****

19. A Liberdade é Azul (Krzysztof Kieslowski, França/Polônia/Suiça, 1993) ****½

20. A Igualdade é Branca (Krzysztof Kieslowski, França/Polônia/Suiça, 1994) ****

21. A Fraternidade é Vermelha (Krzysztof Kieslowski, França/Polônia/Suiça, 1994) ****

22. Coração Vagabundo (Fernando Grostein Andrade, Brasil, 2008) ***

23. Curtindo a Vida Adoidado (John Hughes, EUA, 1986) ****½

24. Contos Proibidos do Marquês de Sade (Philip Kaufman, EUA/Inglaterra/Alemanha, 2000) ****

25. Profissão: Repórter (Michelangelo Antonioni, EUA/Itália/França, 1975) ****½

26. Se Nada Mais Der Certo (José Eduardo Belmonte, Brasil, 2008) ****

27. O Fantástico Sr. Raposo (Wes Anderson, EUA/Reino Unido, 2009) ****

28. Amor Sem Escalas (Jason Reitman, EUA, 2009) **½


Revisões:

29. O Poderoso Chefão (Francis Ford Coppola, EUA, 1972) *****

30. O Poderoso Chefão – Parte II (Francis Ford Coppola, EUA, 1974) *****

31. O Enforcamento (Nagisa Oshima, Japão, 1968) ****½


Resultado do Blog de Ouro


Confesso que tinha um medo terrível de Avatar vencer o Blog de Ouro de Melhor Filme. Mas o resultado divulgado ontem me alegrou muitíssimo: Bastardo Inglórios foi considerado o melhor filme de 2009 pelo blogueiros cinéfilos, além de levar outros prêmios. Para conhecer todos os vencedores, acesse o blog da SBBC.