quarta-feira, 9 de novembro de 2016

XII Panorama Internacional Coisa de Cinema


Chegou o momento de Salvador receber sua dose anual de cinema em níveis intensos e altas doses de cultura. Começa hoje, e vai até a próxima quarta, 16, o Panorama Internacional Coisa de Cinema, celebrando sua 12ª edição, aqui e em Cachoeira.

Como sempre, a programação está recheada de coisas apetitosas, imagens de um cinema brasileiro pulsante e vigoroso que fazemos hoje, sem esquecer os clássicos do passado e de algumas produções internacionais.

É a quinta vez que faço parte da equipe de curadoria do festival, lidando especialmente com os curtas-metragens das mostras competitivas (nacional, baiana e internacional). Tem sido uma experiência riquíssima olhar para esses filmes e, em conjunto, propor um olhar sobre essa filmografia tão plural e descentralizada que temos hoje.

Em nível nacional, faz tempo que não faltam boas e instigantes obras a serem descobertas pelo público. Para a produção baiana, o Panorama reserva, este ano, um espaço maior de vitrine, reflexo de uma produção que tem crescido qualitativa e quantitativamente, buscado afirmar seu lugar no imaginário das pessoas.

E vale lembrar ainda homenagem ao grande Hector Babenco, que perdemos este ano; uma mostra de clássicos de fazer salivar; sessões especiais de SuperOutro e Mr. Abrakadabra; filmes de animação, panorama italiano, além das mostras competitivas, sempre revelando o novo.

A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) lança aqui o livro “100 Melhores Filmes Brasileiros” que reúne críticas dos mais emblemáticos filmes de nossa filmografia, baseado na lista que a associação montou em votação geral de seus membros. Tenho a felicidade de fazer parte do projeto, e iremos discutir aqui o cinema baiano presente na lista. 

É a festa do cinema mais arriscado, propositivo, indagador, difícil de rotular, fácil de encantar os amantes das imagens em movimento. O site do evento pode ser acessado aí. E os filmes estão aí, vivos. Eles aguardam por vocês.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Mostra SP – Ranking Geral


Foram 30 filmes em oito dias, intensos, corridos, vibrantes, cheios de encontros e desencontros. Com gente boa, com muitos filmes. Aqui, listo meu ranking pessoal em ordem de preferência:



Paterson (Jim Jarmusch, EUA, 2016) ****
Elle (Paul Verhoeven, França/Alemanha/Bélgica, 2016) ****
O Ignorante (Paul Vecchiali, França, 2016) ***½  
Depois da Tempestade (Hirokazu Kore-eda, Japão, 2016) ***½
Marguerite e Julien (Valérie Donzelli, França, 2016) ***½
Invasão Zumbi (Yeon Sang-ho, Coreia do Sul, 2016) ***½
Ma’ Rosa (Brillante Mendonza, Filipinas, 2016) ***½
Beduíno (Júlio Bressane, Brasil, 2016) ***½
Tempestade de Areia (Elite Zexer, Israel, 2016) ***½

Um Casamento (Mônica Simões, Brasil, 2016) ***½
Belos Sonhos (Marco Bellocchio, Itália/França, 2016) ***
O Nascimento de uma Nação (Nate Parker, EUA, 2016) ***
O Apartamento (Asghar Farhadi, Irã, 2016) ***
A Luta do Século (Sérgio Machado, Brasil, 2016) ***
The Fits (Anna Rose Holmer, EUA, 2015) ***
O Segredo da Câmera Escura (Kiyoshi Kurosawa, França/Bélgica/ Japão, 2016) ***
A Garota Desconhecida (Jean Pierre Dardenne e Luc Dardenne, Bélgica/França, 2016) ***

Axé: O Canto do Povo de um Lugar (Chico Kertész, Brasil, 2016) ***
O Caminho para Istambul (Rachid Bouchareb, Bélgica/França, 2016) **½ 
Redemoinho (José Luiz Villamarim, Brasil, 2016) **½
El Primero de la Familia (Carlos Leiva, Chile, 2016) **½
Poesia sem Fim (Alejandro Jodorowsky, Chile/França, 2016) **
O Plano de Maggie (Rebecca Miller, EUA, 2015) **
Animais Noturnos (Tom Ford, EUA, 2016) **
Hee (Kaori Momoi, Japão, 2015) *
O Último Vagão (Andreas Schapp, Alemanha, 2016) *


Hors-Concours



Persona (Ingmar Bergman, Suécia, 1966) *****
O Quarto Homem (Paul Verhoeven, Holanda, 1983) ****½
Decálogo VI (Não Amarás) (Krzysztof Kieslowski, Polônia/Alemanha Ocidental, 1989) ****½
Kanal (Andrzej Wajda, Polônia, 1957) ****
A Hora da Religião (Marco Bellocchio, Itália, 2002) ****
Decálogo V (Não Matarás) (Krzysztof Kieslowski, Polônia/Alemanha Ocidental, 1989) ****
Cinzas e Diamantes (Andrzej Wajda, Polônia, 1958) ****

40ª Mostra SP – Cobertura


Marco aqui alguns textos que fiz para o Jornal A Tarde por conta da cobertura da 40ª Mostra SP.


Texto 1. Aqui comento o coreano Invasão Zumbi, de Yeon Sang-ho; Animais Noturnos, de Tom Ford; e O Apartamento de Asghar Farhadi.

Texto 2. Aqui comento o polêmico Elle, de Paul Verhoeven; traço um paralelo entre Paterson, de Jim Jarmusch, e Poesia Sem Fim, de Alejandro Jodorowsky; e ainda tem A Garota Desconhecida, dos irmãos Dardenne.

Texto 3. Aqui é o lugar dos baianos. Foram apresentados na Mostra, Axé: O Canto do Povo de um Lugar, de Chico Kértesz; A Cidade do Futuro, de Cláudio Marques e Marília Hughes; Um Casamento, de Mônica Simões; A Luta do Século, de Sérgio Machado; e ainda homenagem ao grande Antonio Pitanga.

Texto 4. Aqui, comento alguns filmes com estreia comercial próxima, destacando O Nascimento de uma Nação, de Nate Parker.