MIB³ – Homens de Preto (Men in
Black III, EUA, 2012)
Dir:
Barry Sonnenfeld
Misturar
ficção científica com comédia não parecia uma das receitas mais interessantes,
mas eis que MIB – Homens de Preto,
quando lançado em 1997, teve seu sucesso num filme divertidíssimo e embebido de
um espírito nonsense total. Poderia
dizer que essa terceira incursão (melhor que a segunda, aliás) carrega as
mesmas marcas que deram sustentação aos projetos anteriores, embora sem o mesmo
vigor cômico. O mais interessante é que foi dirigido pelo mesmo cineasta, embora sua
irregularidade não chega a conferir desastre aqui nesse tipo de franquia que
dificilmente resiste muito tempo, com qualidade.
MIB³ - Homens de
Preto 3
continua explorando o absurdo das situações, a entrega ao humor negro despretensioso
e, principalmente, o delicioso lado inventivo em desenvolver não só criaturas
as mais diversas e esquisitas (eco criativo que o aproxima do excelente
trabalho de Guillermo Del Toro em seus filmes, por exemplo), ajudado por um ótimo uso de
efeitos especiais, como também os equipamentos, armas e toda sorte de artefatos
usados no filme. Nesse sentido, a composição do novo vilão, Boris (vivido por Jemaine
Clement) é das mais felizes e bizarras.
E
se o protagonismo do filme teve de deixar de lado Tommy Lee Jones e o ar sisudo
e experiente do seu Agente K (a química entre ele e Will Smith era uma das
melhores coisas dos filmes anteriores, contraponto interessante de personalidades já que o
Agente J se revela mais brincalhão e malandro), ele ganha reforços pela ótima presença
de Josh Brolin. Vivendo a versão mais nova de K, já que a trama faz voltar no
tempo para que J impeça que seu fiel companheiro seja morto pela antagonista
Boris, o filme cria uma nova dupla eficiente e convincente.
Assim, essa nova parceria, que poderia ser bastante
desastrosa para a continuação, passa no teste. Por outro lado, o texto fica a dever, em
especial à sagacidade do primeiro filme. Se pode haver por parte do público
certa intenção de rir mais, o filme pouco contribui para isso com piadas poucas
vezes inspiradas (referências a Mick Jagger e Andy Warhol são destaques, assim
como certa observação de um bebê no início do filme). Homens de Preto 3 fica no mediano, mas podia ser bem pior, o que
deixa incertezas para a vontade de conferir
uma nova investida nesse universo.
3 comentários:
Confesso que essa franquia cinematográfica não me conquistou. Talvez, por isso mesmo, ainda nem me animei a conferir este terceiro filme da série nos cinemas.
É, não tem o mesmo frescor do primeiro, perderam em criatividade, mas ainda diverte e depois que vai para o ano de 1969 o filme melhora muito.
Kamila, quando vi o primeiro, há bastante tempo, lembro que me empolgou bastante, mas não tinha também um pensamento mais crítico como agora. Mas permaneceu na minha mente um filme bem divertido. Dê uma chance.
Realmente Amanda, essa parte posterior do filme é mesmo melhor, mas bem que podia ser mais divertidinha.
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