Dir: Doug Liman


O mais improvável deste filme é o fato de ser dirigido por Doug Liman. O cineasta tem no currículo os péssimos Sr. e Sra. Smith e Jumper, tendo sido uma grande surpresa para mim quando vi seu mais novo projeto entre os filmes selecionados para a mostra competitiva do Festival de Cannes ano passado.
Parece o exemplo claro do cineasta que tem pretensões de fazer produtos interessantes, mas é engolido pela máquina hollywoodiana de produzir besteiróis. Mas se formos analisar bem, ele dirigiu anteriormente Identidade Bourne, que começou muito bem a trilogia que só cresceu, e o muito bom Vamos Nessa. Se estes não têm a carga política que Jogo de Poder traz, são exemplos do ótimo diretor que Liman consegue ser se estiver no projeto certo.
Livre de amarras, o longa nos conta a intrigante história da agente secreta da CIA Valerie Plame (Naomi Watts) que, envolvida, entre outras coisas, nos programas de inteligência que estudavam a existência de armas de destruição em massa no Iraque pós 11 de setembro, tem sua identidade revelada publicamente.
Ao mesmo tempo, ela precisa preservar sua família de tal exposição, tendo como grande suporte seu marido (Sean Penn) que, por sua vez, se empenha em travar um confronto contra as mentiras que são manipuladas sobre sua mulher indo a público e se pronunciando sempre que possível. O que não significa que o casal se livre de uma crise no relacionamento.
O filme deixa muito claro as intenções do então presidente George Bush em invadir o Iraque tendo como desculpa a suposta existência de um programa de armas nucleares no país. Toda a trama do filme gira em torno da insistência do governo republicano em ignorar as fartas informações da CIA de que tais programas não existiam no país governado por Saddam Hussein.
Bush precisava defender um pretexto para invadir o país, e começou-se toda uma comoção, tendo a mídia como aliada, a fim de difundir um clima alarmante de risco iminente de mais ataques não só contra os EUA, mas também em outras nações ocidentais. Nesse confronto, os agentes da CIA que conheciam as verdadeiras intenções por traz de tudo aquilo, lutavam do lado mais fraco da corda; no caso de Valerie, eram esmagados pelo poder e pouco podiam fazer para resistir.
Se o filme pode soar um tanto datado como algo que, hoje, todos nós já estamos cansados de saber sobre a não existência dessas armas no Iraque, vale muito por um ótimo roteiro que dá conta de revelar os diversos meandros do poder que aquela situação envolve, sem nunca soar pretensioso ou confuso.
Há ainda um grato tom de urgência e sobriedade que Liman imprime no ritmo da película. Sua câmera na mão nunca soa gratuita, e nem se faz notar tanto assim, o que o torna um cineasta a se vigiar, perdoado pelas besteiras que fez no passado e com potencial de nos entregar filmes tão corajosos e bem realizados como esse Jogo de Poder.
Parece o exemplo claro do cineasta que tem pretensões de fazer produtos interessantes, mas é engolido pela máquina hollywoodiana de produzir besteiróis. Mas se formos analisar bem, ele dirigiu anteriormente Identidade Bourne, que começou muito bem a trilogia que só cresceu, e o muito bom Vamos Nessa. Se estes não têm a carga política que Jogo de Poder traz, são exemplos do ótimo diretor que Liman consegue ser se estiver no projeto certo.
Livre de amarras, o longa nos conta a intrigante história da agente secreta da CIA Valerie Plame (Naomi Watts) que, envolvida, entre outras coisas, nos programas de inteligência que estudavam a existência de armas de destruição em massa no Iraque pós 11 de setembro, tem sua identidade revelada publicamente.
Ao mesmo tempo, ela precisa preservar sua família de tal exposição, tendo como grande suporte seu marido (Sean Penn) que, por sua vez, se empenha em travar um confronto contra as mentiras que são manipuladas sobre sua mulher indo a público e se pronunciando sempre que possível. O que não significa que o casal se livre de uma crise no relacionamento.
O filme deixa muito claro as intenções do então presidente George Bush em invadir o Iraque tendo como desculpa a suposta existência de um programa de armas nucleares no país. Toda a trama do filme gira em torno da insistência do governo republicano em ignorar as fartas informações da CIA de que tais programas não existiam no país governado por Saddam Hussein.

Se o filme pode soar um tanto datado como algo que, hoje, todos nós já estamos cansados de saber sobre a não existência dessas armas no Iraque, vale muito por um ótimo roteiro que dá conta de revelar os diversos meandros do poder que aquela situação envolve, sem nunca soar pretensioso ou confuso.
Há ainda um grato tom de urgência e sobriedade que Liman imprime no ritmo da película. Sua câmera na mão nunca soa gratuita, e nem se faz notar tanto assim, o que o torna um cineasta a se vigiar, perdoado pelas besteiras que fez no passado e com potencial de nos entregar filmes tão corajosos e bem realizados como esse Jogo de Poder.