segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Cédula de melhores de 2012



Bem, chegou o momento de votar nas premiações anuais dos grupos dos quais eu faço parte: a Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos (SBBC), que concede o Blog de Ouro, e também a Liga dos Blogues Cinematográficos, que promove o Alfred. Além de eleger os melhores filmes do ano, votamos nas diversas categorias que seguem abaixo. Para montar a lista, foram considerados 167 filmes vistos dos lançados comercialmente no Brasil em 2012. Cada premiação tem suas regras e algumas diferenças, mas no geral minhas avaliações são essas: 



Melhor Filme

Mistérios de Lisboa
Shame
Um Alguém Apaixonado
O Artista
A Separação
A Guerra Está Declarada
Habemus Papam
Holy Motors
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios
Dive


Melhor Diretor

Raúl Ruiz (Mistérios de Lisboa)
Abbas Kiarostami (Um Alguém Apaixonado)
Steve McQueen (Shame)
Leos Carax (Holy Motors)
Nicolas Winding Refn (Drive)

Por um fio: Valérie Donzelli (A Guerra Está Declarada)


Melhor Ator

Michael Fassbender (Shame)
Denis Lavant (Holy Motors)
Ryan Gosling (Drive)
Michael Shannon (O Abrigo)
Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais)

Por um fio: Vincent Gallo (Essential Killing) e Jean Dujardin (O Artista)


Melhor Atriz

Camila Pitanga (Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios)
Francisca Gavilán (Violeta Foi para o Céu)
Bérénice Bejo (O Artista)
Maria Sebastiana Martins (Girimunho)
Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn)

Por um fio: Rooney Mara (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres)


Melhor Ator Coadjuvante

Anton Adasinsky (Fausto)
Shahabi Hosseini (A Separação)
Nick Nolte (Guerreiro)
Javier Bardem (007 – Operação Skyfall)
Gero Camilo (Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios)

Por um fio: Joey Starr (Polissia)


Melhor Atriz Coadjuvante

Sareh Bayat (A Separação)
Carey Mulligan (Shame)
Shailene Woodley (Os Descendentes)
Frédérique Bel (A Arte de Amar)
Anjelica Huston (50%)

Por um fio: Juliette Binoche (Cosmópolis) e Kylie Minogue (Holy Motors)


Melhor Elenco

A Separação
Deus da Carnificina
A Arte de Amar
O Artista
Os Descendentes

Por um fio: O Espião que Sabia Demais e Cosmópolis


Melhor Roteiro Original

A Separação
A Arte de Amar
Um Alguém Apaixonado
Moonrise Kingdom
Holy Motors

Por um fio: O Artista e As Quatro Voltas


Melhor Roteiro Adaptado

Mistérios de Lisboa
Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios
Os Descendentes
O Espião que Sabia Demais
O Gato do Rabino

Por um fio: Cosmópolis


Melhor Filme Brasileiro

Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios
Girimunho
Sudoeste
Tropicália
A Música Segundo Tom Jobim

Por um fio: Histórias que Só Existem Quando Lembradas


Melhor Documentário

Pina
Tropicália
A Música Segundo Tom Jobim
Memórias de Xangai
A Vida em Um Dia

Por um fio: Marley


Melhor Animação

O Gato do Rabino
Uma Viagem ao Mundo das Fábulas
As Aventuras de Tintim
Frankenweenie
O Mundo dos Pequenos

Por um fio: Valente


Melhor Trilha Sonora

O Artista
O Espião que Sabia Demais
Drive
Cavalo de Guerra
A Vida em Um Dia

Por um fio: Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres


Melhor Canção

Who Were We? (Holy Motors)
Mecca (Cosmópolis)
Strange Love (Frankenweenie)
Skyfall (007 – Operação Skyfall)
Les Chiens Ne Font Pas des Chats (As Bem Amadas)

Por um fio: Something More (A Delicadeza do Amor)


Melhor Fotografia

Fausto
O Artista
Sudoeste
O Morro dos Ventos Uivantes
A Invenção de Hugo Cabret

Por um fio: 007 – Operação Skyfall    


Melhor Direção de Arte

A Invenção de Hugo Cabret
O Moinho e a Cruz
Moonrise Kingdom
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Fausto

Por um fio: O Espião que Sabia Demais


Melhor Figurino

A Invenção de Hugo Cabret
L’Apollonide – Os Amores da Casa de Tolerância
Branca de Neve e o Caçador
Mistérios de Lisboa
Moonrise Kingdom

Por um fio: Sombras da Noite


Melhor Montagem

A Vida em Um Dia
Mistérios de Lisboa
A Música Segundo Tom Jobim
A Guerra Está Declarada
A Arte de Amar

Por um fio: Tropicália e No


Melhor Maquiagem

Holy Motors
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
A Dama de Ferro
Fausto
L’Apollonide – Os Amores da Casa de Tolerância

Por um fio: Prometheus


Melhores Efeitos Visuais

As Aventuras de Pi
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Os Vingadores
Prometheus
O Impossível

Por um fio: A Invenção de Hugo Cabret


Melhor Som

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Sudoeste
Cavalo de Guerra
Prometheus
O Mundo dos Pequeninos

Por um fio: O Morro dos Ventos Uivantes


Melhor Cena do Ano

Encontro de trens (O que Eu Mais Desejo)
Corrida no hospital (A Guerra Está Declarada)
Procissão na rua (As Quatro Voltas)
New York, New York (Shame)
Entr’acte (Holy Motors)

Por um fio: Pesadelo sonoro (O Artista); Lavínia fotografa (Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios); Beijo e morte no elevador (Drive)


Filme de Estreia

Girimunho
Solteiros com Filhos
Sudoeste
Apenas uma Noite
Vou Rifar Meu Coração

Por um fio: 2Coelhos


sábado, 26 de janeiro de 2013

Filho pródigo


O Último Desafio (The Last Stand, EUA, 2012)
Dir: Kim Jee-woon 


Como confirmação do retorno de Arnold Schwarzenegger ao cinema e ao filão de filmes de ação a que ele pertence (há pelo menos mais outros três filmes em fase de finalização com ele programados para os próximos anos), O Último Desafio consegue ser mais do que caprichosas boas-vindas. O indício dessa volta já estava plantada lá em Os Mercenários e sua continuação recente, embora ali se tratava de um pastiche dos filmes de ação de tempos atrás. Agora ele protagoniza um belo exemplar do gênero, uma grata surpresa neste início de ano.

Mas na verdade, O Último Desafio começa como dois filmes distintos. De um lado tem-se o registro cômico de uma cidade interiorana em que a força policial vive em estado de quase apatia, muito pela aparente ausência de perigo. É onde vive o xerife Ray Owens (Schwarzenegger), ainda na ativa e no comando apesar da idade avançada para a profissão.

No outro polo, temos um cenário de ação ultramoderno em que um perigoso contrabandista (Eduardo Noriega) foge enquanto é levado a uma outra prisão e passa a ser caçado pelo FBI em missão de alto risco. Ele dirige um carro com motor superveloz, o que dificulta sua perseguição; seu plano é pegar um desvio pela cidade do xerife Owens a fim de despistar a força policia e chegar ao México.  

Quando esses dois filmes se encontram, os choques poderiam ser desastrosos. Mas o barato aqui é notar o equilíbrio que ambos os registros passam a manter, permanecendo as altas doses de adrenalina e de bom humor, tudo muito vibrante e empolgante. É um ótimo filme pipoca, conduzido pela mão certeira do cineasta coreano Kim Jee-woon, em seu primeiro longa nos Estados Unidos.

É bastante simbólico que o personagem de Schwarzenegger represente a resistência da ação quando todos já o podiam imaginar fora de forma. É exatamente a imagem do herói destemido construída ao logo de tanto tempo que ele tenta resgatar através desse xerife. Só que aqui, esse homem sente a idade, é falível, lutando também contra a ação da ferrugem no próprio corpo, o que torna a coisa toda mais empolgante e cheia de tensão. O destemor em proteger sua cidade e fazer cumprir a lei é o que lhe move.

Para além disso, o retorno de Schwarzenegger é dos mais bem-vindos porque o filme tem senso exato de ação e adrenalina, permeada por um humor ligeiro, inofensivo, mas que funciona muito bem na equação a que o filme se propõe. Consegue levar a sério o drama de todos os personagens, sem concessões, ao mesmo tempo em que os usa como alívio cômico quando precisa. Entre a ação e a comédia, o filme sempre encontra o tom certo e nem sempre há bons exemplares dessa roupagem no âmbito do cinema comercial.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cidade do capital


Cosmópolis (Cosmopolis, Canadá/França/Portugal/Itália, 2012)
Dir: David Cronenberg 


Cosmópolis confirma o abando gradual de Cronenberg aos filmes de tom grotesco e de grafismo bizarro permeados pela violência. Mas ainda assim há algo de sórdido aqui, mesmo que embalado por uma produção classe A, porém ainda interessada em escancarar o lado grotesco do ser humano. Essas marcas ganham agora proporções maiores nesse filme incomum em que o poder do capital entra na equação para se discutir a direção que uma sociedade enlouquecida e doentia tem tomado.

Cronenberg deixa também as histórias particulares para se deter em algo maior, mais expansivo. O ser humano continua sujo, mas agora em nível social, e não só particularmente. Os diversos personagens que o playboy Erick Parker (Robert Pattinson) encontra no decorrer da história sugerem as diversas facetas que coexistem no mundo caótico das finanças, da sociedade desigual e das lutas de poder e autoridade.

De início, Eric só quer cortar o cabelo, esse jovem rapaz que já é responsável por negócio milionário. Ele cruza a cidade de Manhattan em sua limusine, num dia de visita do presidente dos Estados Unidos. É um dia fadado ao caos e às manifestações de repúdio ao poder político e financeiro, rodeado pela violência de uma grade cidade e com rumores de que Eric está sendo jurado de morte. Mas mesmo assim, ele quer frequentar essa barbearia específica no outro lado da cidade, seu capricho irremediável (quase um eco de Rosebud).

Baseado no livro homônimo do escritor Don DeLillo, a história promove um petardo contra a selvageria do capitalismo e de um sistema financeiro complexo e opressor, difícil mesmo de explicar e compreender. “Um fantasma está assombrando o mundo” é uma das frases que se vê pichadas e mesmo inscritas em letreiros eletrônicos pela cidade, numa clara referência ao capitalismo e seus tentáculos impiedosos. Não à toa, um dos personagens aventa a possibilidade de uma moeda única no mundo com o nome de “rato”, como se fosse uma nova praga que infesta o planeta.

Mas nesse ambiente dos negócios monetários e das lutas sociais, Eric encontra pelo caminho uma série de personagens riquíssimos, cada qual com discursos afiados, com quem trava conversas por vezes nebulosas sobre o mundo dos (seus) negócios. Assim, Robert Pattinson precisa contracenar com nomes como Juliette Binoche, Samantha Morton, Paul Giamatti, Mathieu Amalric, todos muito seguros em seus papéis, enquanto Pattison permanece em sua apatia habitual, embora seu personagem acabe se beneficiando disso. 

Para quem acusa o filme de falsamente “intelectualóide”, parece se apegar demais aos diálogos dos personagens como se fossem discursos que precisassem ser minunciosamente compreendidos, quando no fundo o filme nos oferece um retrato múltiplo de absurdos e mundos caóticos. Tudo é muito verborrágico, por vezes distantes demais, mas a falta de profundidade no desenvolvimento desses tipos é um indício de que sua função é passar pelo dia daquele milionário e demarcar sua posição enquanto partes de um todo confuso e multifacetado.

Com um visual muito limpo, mas demarcado pela sociedade atroz, Cronenberg filma um ambiente fragilmente desestruturável, sem pressa, apesar da tensão que emana do simples encontro entre personagens. As ações inevitáveis de cada um, assim como o seu (des)aparecimento repentino na história, ao mesmo tempo que conferem um mistério todo particular ao filme, nos convida a desvendar mais um bloco que forma esse universo. É um mundo repleto de imperfeições, assim como a próstata assimétrica do protagonista, essa marca de desvio, parte da inconfundível natureza humana.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Melhores e piores de 2012

Foi um ano frutífero em termos de filmes vistos. 402 no ano todo, um recorde pessoal. Para fechar esse ranking, dos filmes lançados comercialmente no Brasil em 2012, foram considerados os 167 que eu vi. Sem delongas, os melhores:


1. Mistérios de Lisboa


Porque os segredos estarão sempre por aí, para serem desvendados ou guardados.

2. Shame

 

Porque sexo é também prisão.

3. Um Alguém Apaixonado

 

Porque as facetas do amor também são passíveis de representação.

4. O Artista


Porque o é cinema de antes, dos primórdios, mas encanta do mesmo jeito.

5. A Separação


Porque a moral da vida no Irã contemporâneo é cheia de caminhos cruzados.

6. A Guerra Está Declarada


Porque a vida é cheia de batalhas a serem vencidas, ao lado de quem amamos.

7. Habemus Papam


Porque a crise da fé é mais aguda do que se imagina.

8. Holy Motors


Porque o cinema sempre terá histórias para contar e pessoas interessadas em ver.

9. Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios


Porque o amor é também um objeto pontiagudo.

10. Os Descendentes


Porque os assuntos de família se resolvem em família.


11. A Arte de Amar

12. Drive

13. L’Apollonide – Os Amores da Casa de Tolerância

14. Polissia

15. O Abrigo

16. Solteiros com Filhos

17. O Moinho e a Cruz

18. Girimunho

19. Pina

20. Minha Felicidade


E como sempre há as pedras no sapato, minha lista de piores:

 

1. Diário de um Jornalista Bêbado

2. Battleship – A Batalha dos Mares

3. Vizinhos Imediatos de 3º Grau

4. Precisamos Falar Sobre o Kevin

5. Histórias Cruzadas

6. Billi Pig

7. My Way – O Mito Além da Música

8. Tão Forte e Tão Perto

9. Aqui é o Meu Lugar

10. Americano

domingo, 13 de janeiro de 2013

Tempo de resistência


Cabra Marcado para Morrer (Idem, Brasil, 1984)
Dir: Eduardo Coutinho 



Rever Cabra Marcado para Morrer, hoje, um dos maiores e mais emblemáticos filmes de nosso cinema, faz pensar em algumas ressignificações que o tempo ajuda a construir. Num momento em que muitos acham novidade o estreitamento entre documentário e ficção em projetos recentes, o filme de Coutinho (como alguns outros) já passeava por essa fina fronteira há tempos. Também em meio à obra do diretor, é tido por muitos como o ponto alto de sua carreira no cinema (apesar do projeto ter começado como seu primeiro longa-metragem), caso ele não se propusesse a se reinventar, o que acontece de alguma forma com a obra-prima que é Jogo de Cena, ou mesmo antes disso com a dobradinha Santo Forte e Babilônia 2000.

Porque os rumos atuais da filmografia de Coutinho têm enveredado pelos caminhos da observação da encenação, para além do amadurecimento da sua capacidade em extrair depoimentos sinceros de personagens populares, à primeira vista pessoas muito comuns, mas que, na presença do diretor, diante de sua interlocução, revelam riqueza humana. Pois essa marca já estava lá em Cabra Marcado para Morrer, distribuído entre seus dois tempos distintos. Mas o que faz do filme uma preciosidade é a forma como costura seu próprio percurso de realização com os rumos de vida dos personagens que queria retratar.

Antes de mais nada, trata-se de um filme de resistência. Coutinho retoma seu projeto interrompido pelos desmandos do governo militar, quando filmava, como uma ficção, a história do líder das ligas camponesas, o paraibano João Pedro Teixeira, assassinado por desavenças com um latifundiário. Assim, procura fazer justiça àquela história e pessoas que tiveram suas vidas mudadas e mesmo destruídas, como se não bastasse o próprio estado de pobreza e exploração em que já viviam.

Elisabeth Teixeira, viúva de João Pedro, acaba se tornando o epicentro da trama, apesar do interesse de Coutinho por todos aqueles que se engajaram nas lutas sindicais camponesas e que também participaram das filmagens iniciais à época. Mas a busca pelos rumos que Elisabeth e os membros de sua família (ela tinha 11 filhos) vieram a tomar é o ponto mais frutífero que faz retornar toda aquela história.


17 anos após o filme ter sido interrompido pela chegada do exército brasileiro na região onde o rodavam, pouco depois de instaurada a Ditadura Militar, acusando os membros da equipe de serem cubanos que propagavam ideias comunistas através daquele filme rodado clandestinamente, Coutinho reencontra Elisabeth e retoma não só o percurso interrompido de filmagem, agora um documentário, mas também a situação das lutas sindicais, o assassinato de João Pedro e toda a história de vida dela, obrigada a fugir para se salvar, levando consigo somente um de seus filhos, abandonando demais. É, portanto, um filme que cresce e se aprofunda em seus próprios meandros, se expande e revela camadas sempre mais ricas, sejam elas políticas ou afetivas.

Assim, torna-se também um estudo da narrativa documental (lição aprendida fielmente por João Moreira Salles em seu espetacular Santiago, para se ter uma referência clara e atual do alcance do filme de Coutinho) à medida que traça os rumos tortuosos que a produção trilhou, mas sem os quais não o tornaria essa obra-prima hoje reconhecida. O filme é o seu próprio processo de feitura. O documentarista e sua equipe se põem em cena como personagens e sujeitos daquela situação, o texto em off, do próprio Coutinho, direciona os passos que vão sendo tomados na narrativa, tudo com a naturalidade e precisão com que ele insere esses elementos no documentário brasileiro.

O filme fala de si ao mesmo tempo em que reverencia a figura e as lutas de resistência, sociais e pessoais, daquele povo que retrata, através de um trabalho de reconstituição, pesquisa e montagem de precisão incrível. Agora, quase 20 anos depois de seu lançamento, visto em cópia restaurada belissimamente, com a qualidade de som e imagem merecida, Cabra Marcado para Morrer atesta o gênio de Coutinho – do qual nunca duvidamos –, mas que transparece na tela com fibra, depois que o tempo só o favoreceu.


sábado, 12 de janeiro de 2013

Filmes de dezembro




1. Felicidade (Doris Dörrie, Alemanha, 2012) **

2. O Mundo dos Pequeninos (Hiromasa Yonebayashi, Japão, 2012) ***½
  
3. A Origem dos Guardiões (Peter Ramsey, EUA, 2012) ***

4. O Homem da Máfia (Andrew Dominik, EUA, 2012) ***½

5. Gonzaga – De Pai para Filho (Breno Silveira, Brasil, 2012) **½

6. Os Infratores (John Hillcoat, EUA, 2012) **

7. O Morro dos Ventos Uivantes (Andrea Arnold, Reino Unido, 2011) ****

8. Holy Motors (Leos Carax, França/Alemanha, 2012) ****

9. Elefante Branco (Pablo Trapero, Argentina/Espanha/França, 2012) ***½

10. 7 Dias em Havana (Benicio Del Toro, Pablo Trapero, Julio Medem, Elia Suleiman, Gaspar Noé, Juan Carlos Tabío e Laurent Cantet, Espanha/França,  2012) **

11. Rota Irlandesa (Ken Loach, Reino Unido/França/Itália/Bélgica/ Espanha, 2010) ***

12. Operação Invasão (Gareth Evans, Indonésia/EUA, 2011) **½

13. As Aventuras de Pi (Ang Lee, EUA/China, 2012) ***½

14. O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (Peter Jackson, EUA/Nova Zelândia, 2012) ***½

15. Sinfonia de Paris (Vincente Minnelli, EUA, 1951) ****

16. O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (Peter Jackson, EUA/Nova Zelândia, 2001) *****

17. Hoje (Tata Amaral, Brasil, 2011) ***

18. Cabra Marcado para Morrer (Eduardo Coutinho, Brasil, 1985) *****

19. O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (Peter Jackson, EUA/Nova Zelândia, 2002) ****½

20. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (Peter Jackson, EUA/Nova Zelândia, 2003) ****½

21. Liv & Ingmar – Uma História de Amor (Dheeraj Akolkar, Noruega/Reino Unido/Índia, 2012) **

22. Os Amantes da Pont-Neuf (Leos Carax, França, 1991) ****½

23. Magic Mike (Steven Soderbergh, EUA, 2012) **

24. Caminho para o Nada (Monte Hellman, EUA, 2010) ****

25. Kill List (Ben Wenthley, Reino Unido, 2011) ***½

26. Oh! Rebuceteio (Cláudio Cunha, Brasil, 1984) ****

27. Babilônia 2000 (Eduardo Coutinho, Brasil, 2000) ***½

28. As Vantagens de Ser Invisível (Stephen Chbosky, EUA, 2012) ***½

29. Frankenweenie (Tim Burton, EUA, 2012) ***


Revisões:

30. L’Apollonide – Os Amores da Casa de Tolerância (Bertrand Bonello, França, 2011) ****