sexta-feira, 22 de abril de 2011

Curtinhas

Poesia (Shi, Coreia do Sul, 2010)
Dir: Lee Chang-dong


Há de se duvidar que um filme com um título desses esteja bem próximo de um melodrama bobinho. Mas o nome engana, felizmente. Remete à história de uma senhora que decide ingressar num curso de poesia. O cineasta sul-coreano Lee Chang-dong, prêmio de roteiro no último Festival de Cannes com esse longa, filma a vida simples de Mija (Yun Jeong-hie, ótima no papel), de onde ela vai encontrar matéria-prima para seus poemas. Seria simplista taxar o filme de poético, como pode facilmente ser o caminho mais fácil; é mais uma obra que inclui a arte da poesia na vida aparentemente pacata de uma mulher que precisa lidar com algumas dificuldades.

O neto jovem com quem mora está sendo acusado de ter mantido relações sexuais com uma colega menor de idade (que depois cometeu suicídio), além de que ela passa a apresentar uma memória já enfraquecida que indica a proximidade do Alzheimer. Por isso mesmo, Mija não parece perceber os problemas ao redor; pelo contrário, ela procura inspiração poética nas coisas mais simples do seu dia-a-dia. Os textos que surgem daí sugerem um estado puro de poesia. Chang-dong filma com muita calma os descaminhos de sua personagem, enquanto ela se perde na própria doença. A narrativa do filme consegue ainda convergir todas as pontas soltas da história num final redondinho, e também desalentador.


Não Me Abandone Jamais (Never Let Me Go, Reino Unido/ Estados Unidos, 2010)
Dir: Mark Romanek


Existe uma estranheza muito bem-vinda em Não Me Abandone Jamais. Pode-se dizer que se trata de uma ficção científica que tem início em meados do século passado. Envolve um tratamento encontrado para prolongar a vida e saúde das pessoas, utilizando outros seres humanos para tal. Falar mais do que isso pode estragar surpresas. O ponto de partida está em três crianças que se tornam amigos no estranho e rígido internato onde estudam. Kathy, Tommy e Ruth (vividos em suas fases adultas por Carey Mulligan, Andrew Garfield e Keira Knightley) crescem num ambiente educacional bastante controlador, enquanto se preparam para seguir o destino de cada e ainda se envolvem emocionalmente, numa disputa das meninas pelo amor de Tommy.

Mas o problema do filme não se encontra na inclusão do tom romanesco inserido no filme (na verdade, acaba se tornando o grande viés narrativo da película), mas existe uma tentativa incômoda de sempre parecer sofrido, doloroso, quase como forçando um sentimento de pena no espectador durante a projeção. O elenco, no entanto, está todo ótimo, de Charlotte Rampling a Andrew Garfield que, melhor dos três protagonistas, me surpreendeu com a composição ideal de um personagem ingênuo. Existe ainda uma ótima ideia no roteiro de que através dos trabalhos artísticos de alguém é possível atestar seu amor verdadeiro por outra pessoa. Discute-se o valor da arte quando o próprio filme se perde num tom melodramático feito pra chorar, esses de arte menor.


VIPs (Idem, Brasil, 2010)
Dir: Toniko Melo


Toniko Melo, proveniente da publicidade, aporta como muitos outros diretores brasileiros no cinema de longa-metragem com a interessantíssima história de um golpista que conseguiu se fazer passar por outras pessoas. VIPs, melhor filme do Festival do Rio ano passado, faz um estudo interessante de Marcelo do Nascimento e o transtorno de personalidade que o levou a uma carreira de farsante inicialmente bem-sucedida se considerarmos até onde ele conseguiu chegar com sua lábia e dom de iludir. Um pai ausente surge como explicação dessa necessidade do personagem em provar que pode ser alguém na vida, mesmo que um malandro.

Toniko filma sem grandes atributos, mas a história que está contando, toda alicerçada por um personagem incrível, consegue manter bem o ritmo do filme. Mas o maior apoio de Toniko é a atuação caprichada (mais uma vez) de um Wagner Moura conferindo complexidade suficiente para esse jovem outsider em busca de visibilidade e poder. Há ainda um tom de ingenuidade em Marcelo que o livra de um julgamento prévio de oportunismo; por mais arriscadas que sejam suas trapaças, ele não possui senso de perigo para perceber tal risco. Daí, se fazer passar pelo filho de um dos donos da Gol no carnaval de Recife não parece representar uma grande dificuldade, mas mais um teatrinho em que ele se especializou.


Pânico 4 (Scream 4, EUA, 2011)
Dir: Wes Craven


Muita gente aponta o grande valor de Pânico nesse novo retorno como um filme que faz piada de si mesmo, usando a metaliguagem dentro do gênero terror como força motriz da própria narrativa. Mas fico pensando se os outros filmes da série já não faziam isso! Vendo dessa forma, Pânico 4 é mais um complemento que na verdade não complementa nada a uma série que tem em seu primeiro episódio algo de renovador no gênero, permanecendo muito bem cotado na memória. Dessa vez, Sidney (Neve Campbell) retorna à cidade de Woodsboro, palco do primeiro massacre, para lançar uma autobiografia, quando Ghostface ataca novamente e começa um novo ciclo de matança.

Nesse jogo de fazer referências e piadas à própria série, o filme acaba caindo em alguns lugares-comuns que já foram vistos nos mesmos filmes anteriores. O que para muitos representa uma homenagem, pode ser visto também como falta de criatividade. Talvez aqui as mortes sejam um tanto mais violentas e há uma fixação pelo registro imagético, algo bem contemporâneo, já que o serial killer agora grava todas as mortes cometidas; mas nada que torne Pânico 4 tão distinto dos demais. O filme tem seus momentos de diversão, alguns bons sustos, Craven continua filmando bem, mas, no final das contas, o filme quer mesmo é celebrar sua autofagia.


A Sétima Alma (My Soul to Take, EUA, 2010)
Dir: Wes Craven


Taí um filme que mesmo reprocessando alguns lugares-comuns do terror, possui algo de interesse. Wes Craven assume, sem pudor, certo tom de exagero para promover mais uma carnificina que gira em torno de um grupo de sete jovens que nasceram no mesmo dia que um perigoso e esquizofrênico assassino matou a esposa e fugiu. 16 anos depois, mortes voltam a acontecer na pequena cidade e surge a lenda de que o estripador voltou para eliminar cada um dos sete, talvez de posse do corpo de um deles. O tom exagerado aparece principalmente na construção de alguns momentos em que o filme assume a caricatura, quase esbarrando no ridículo (como na cerimônia de aniversário dos sete, ou na encenação do condor na sala de aula ou no discurso inflamadamente religioso de uma das personagens).

A sequência inicial que apresenta o assassino e seu distúrbio de múltipla personalidade é tão bom quanto o ritmo ágil presente em toda a projeção. Wes Craven, atualmente em grande visibilidade por conta da quarta sequência de da série Pânico, merecia muito mais atenção por esse A Sétima Alma. O filme dá várias dicas para a resolução do mistério de quem seja o assassino para logo em seguida desfazer essas pistas, mantendo seu segredo até os minutos finais. Tenso e plausível, A Sétima Alma faz jus ao gênero horror mesmo que precise cair em armadilhas conhecidas. Mas se sai muito bem ao aceitar e conduzir seus excessos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

As cores de sempre

Rio (Idem, EUA, 2011)
Dir: Carlos Saldanha


Não sei exatamente há quanto tempo o diretor Carlos Saldanha mora nos Estados Unidos, mas é tempo suficiente para que ele tenha absorvido a forma torta de olhar para o Brasil e as características mais exóticas que geralmente chamam a atenção dos estrangeiros. O problema é que esse é seu próprio país, demonstrativo de uma vergonha um tanto maior, a despeito da esperança de que com Rio, dirigido por um "nativo", o retrato do país tivesse um tratamento diferenciado e mais bem direcionado.

Tiro n’água. Rio é um amontoado de caricaturas que ao invés de extrapolarem em seu tom “exótico”, se vendem como gracinhas (o que é pior) sobre a Cidade Maravilhosa, lembrada pela Baía de Guanabara como cartão postal, e também através do Carnaval, samba, bossa nova e favela. Ou seja, o de sempre.

Mas é preciso pensar também que existe um estúdio norte-americano por trás de tudo pagando as despesas (e querendo retorno financeiro por isso). Não é difícil imaginar que essa visão de estereótipo tenha sido uma condição para o projeto sair do papel, uma grande jogada de idenficação para o público.

Mas a visão simplista e repetida que o filme faz do Rio de Janeiro nem é o maior problema do longa. Rio peca por um roteiro fraquíssimo em que as situações se desenvolvem sem o maior senso de propósito. Será que ninguém estranha a facilidade com que um especialista convence uma moça norte-americana a viajar com sua arara-azul para o Brasil como se fosse um passeio ali na esquina? Ou como uma buldogue fantasiado de Carmen Miranda desfila numa escola de samba?

O filme tenta ganhar pela graciosa aventura de Blu, com seu jeito atrapalhado, que precisa voltar ao Brasil para acasalar e salvar a espécie em extinção. Para isso, tem de conquistar a arredia Jade, última fêmea de sua classe. Como se não bastasse, ainda existe um subtexto ambientalista como parece ser de praxe nesse tipo de produção.

Além disso, nenhum dos personagens humanos parecem ter um mínimo de raciocínio lógico e inteligência, o que facilita muita as coisas para que o filme faça comédia com as várias burrices que são cometidas e ditas durante a projeção. Grande parte da comédia é feita de tombos desastrados e trapalhadas diversas. Tem divertido muita gente.

Fora todos esses problemas, há de se reverenciar pelo menos a beleza visual de encher os olhos que o filme traz, fazendo jus a todo o dinheiro gasto. Reconstruções como a do Cristo Redentor e da Baía de Guanabara são fidelíssimas, junto com o ótimo trabalho de design dos personagens e qualidade técnica dos movimentos. Nesse ponto, Rio é mesmo impecável.

A projeção 3D, por sua vez, não contribui em nada para a experiência uma vez que é quase desusado no filme; talvez só aumente a força das belas imagens, com todo o seu colorido exuberante. Mas não há nada ali que o justifique, somente a vantagem de fazer arrecadar mais dinheiro. Aliás, Rio é uma das maiores estreias no país, tanto na quantidade de salas que ocupa como em arrecadação mesmo. Por isso, pode ser tomado também como um dos maiores embustes das animações recentes.

sábado, 9 de abril de 2011

Estado de suspensão

Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (Loong Boonmee Raleuk Chat, Tailândia/França/Reino Unido/Alemanha/Espanha/Holanda, 2010)
Dir: Apichatpong Weerasethakul



“Está muito escuro aqui”, diz a certa altura o tio Boonmee, ao que sua irmã responde: “calma, aos poucos você se acostuma”. Pois o cinema do tailandês Apichatpong Weerasethakul (também conhecido como Joe no Ocidente), carece desse ato de se acostumar, de certa compreensão de um projeto de cinema muito próprio e cheio de personalidade. A cena parece um aviso aos espectadores.

Em seu universo, e principalmente nesse filme e em Mal dos Trópicos (uma quase obra-prima, que se diga), ambos muito próximos temática e esteticamente, o místico e o misterioso se encontram como filosofia de vida de seus personagens. É onde fantasmas, animais e criaturas bizarras se encontram e interagem com o ser humano da forma mais orgânica possível.

A câmera do cineasta filma tudo sem choque ou estranhamentos, o que revela não só uma segurança com seu objeto de observação como demonstra uma proximidade com todo esse universo temático. Tudo soa muito natural. Ao espectador basta se afeiçoar a esse estilo quase zen, ganhando em troca uma possível submersão a um mundo novo, desconhecido. Digo possível pois é preciso predisposição para isso.

Mas voltando ao diálogo, a escuridão a que o personagem se refere trata-se da proximidade da morte (ele sofre de insuficiência renal). Nesse processo, ele recebe em sua fazenda as visitas de sua cunhada e sobrinho para ajudá-lo e fazer companhia; mas eis que, inusitadamente, aparecem também sua esposa falecida, em forma de espírito, e seu filho desaparecido, agora transfigurado num macaco fantasma. É a brecha para que tio Boonmee relembre suas vidas passadas.

A narrativa se desenvolve com a habitual calmaria que o cineasta imprime a seus filmes e nem tudo possui explicações lógicas, mas sim um tom evocativo, de tranquilidade, apesar das bizarrices de alguns momentos (a primeira aparição do macaco fantasma é mesmo medonha). É como um estado de suspensão, de contemplação diante do novo.


Uma das maiores qualidades do filme é sua capacidade de nos apresentar ao inusitado. Nunca sabemos o que vem a seguir, mas acompanhamos tudo com muita curiosidade. Assim é possível se impressionar com a cena do jantar em que as visitas inusitadas aparecem, ou quando a narrativa retrocede e conta a história de uma princesa e seu encontro (sexual!) com um bagre, ou então a peregrinação na floresta para que Boonmee chegue até a caverna onde teve a sua primeira encarnação.

Existe também uma visão muito conformista em relação à morte (o que é muito da cultura oriental). O próprio teor místico e as possibilidades de reencarnações que se apresentam no filme já nos dizem isso. Nesse sentido, não há tristeza diante do fim, mas uma sensação de continuidade através de outra forma de vida que poderá vir a seguir. Num momento emblemático, o espírito da esposa falecida desconstrói toda uma ideia de paraíso celeste quando diz que “o céu é superestimado, não tem nada lá”.

O cinema de Weerasethakul pode ser considerado o mais inusitado que surgiu nos últimos anos. Tio Boonmee, que Pode Recordar Suas Vidas Passadas reúne todas as características de seu cinema, apesar de estar um passo atrás de seus filmes anteriores. Mas é uma resposta afiada para quem acusa o cinema atual de falta de originalidade e mesmice. Taí um filme diferente de qualquer coisa que estamos acostumados a ver. Cinema de invenção, mas principalmente de coração.

sábado, 2 de abril de 2011

Em apatia

Um Lugar Qualquer (Somewhere, EUA, 2010)
Dir: Sofia Coppola


Sofia Coppola fez de novo. Mais um daqueles filmes naturalistas que encontram seus personagens presos na bolha de vazio que tomou suas vidas. É dessas situações que ela tira o substrato de seu cinema. Em Um Lugar Qualquer, Leão de Ouro no último Festival de Veneza, ela reprocessa o mesmo tom narrativo da sua quase obra-prima Encontros e Desencontros, através de uma história simples, intimista e marcada pela apatia de seu protagonista.

Sofia captura os personagens nesse momento de suas vidas em que tudo mais ao redor parece progredir em grande velocidade enquanto eles permanecem parados no tempo, estáticos, perdidos. Assim é Johnny Marco (Stephen Dorff), paradoxalmente, um ator de filmes de ação. Nesse sentido, a cena inicial é bastante representativa pois vemos um plano fixo de uma estrada onde Johnny dá voltas contínuas em alta velocidade em seu carro; depois para em primeiro plano, sai do veículo e permanece parado. Sua vida não parece ter emoção nenhuma.

Enquanto permanece hospedado num luxuoso hotel, em meio a festas, bebidas, mordomias e belas mulheres a seus pés, recebe inesperadamente a visita da filha Cleo (Elle Fanning), que mora com a mãe, divorciada dele. Um Lugar Qualquer acompanha os movimentos dos personagens que preenchem suas vidas indo de lá pra cá, fazendo coisas pequenas, em certo ponto agradáveis, mas nunca saem do lugar.

O olhar minimalista de Sofia dota o filme de um ritmo lento e sem percalços (como a própria rotina do personagem), mas sempre interessado por eles. Por mais apática que possa ser a rotina de Johnny, a realizadora sempre observa tudo com uma visão muito carinhosa, sem julgamentos. Uma trilha sonora pontual aparece aqui e ali, sempre no momento certo, sem estridência. A fotografia de Harris Savides, que parece um especialista em luz diurna, bem bonita, parece chamar atenção para o dia inaproveitado.

De uma forma diferente, a vida de Cleo ainda parece ter seu frescor pela jovialidade latente, muito embora, no fundo e revelada por um momento final de desabafo da garota, há uma mostra do quanto ela sofre pelo distanciamento dos pais. É quase como uma herança da vida sem perspectivas do pai.

Além disso, Sofia faz questão de apresentar o mundo das celebridades com toda sua fogueira de vaidades. Quando Johnny é homenageado na TV italiana, fica evidente o fator fútil com que os astros são tratados, a despeito do visível desconforto de Johnny perante as câmeras e, posteriormente, durante uma entrevista coletiva em que as perguntas feitas são muito vazias.

Mas chama atenção a última pergunta: “quem é Johnny Marco?”, questão essa que o próprio personagem não sabe (ou não consegue) responder e que nos diz muito sobre o momento de inexatidão e insegurança por que passa.

Lembro que no discurso do Oscar quando Sofia recebeu a estatueta pelo roteiro de Encontros e Desencontros, ela citou Michelangelo Antonioni como uma de suas referências. E Antonioni parece ser o que mais de evidencia no universo de ambos os filmes, pois os silêncios, tão preciosos para o mestre italiano, falam muito dos personagens de Sofia. Eles guardam a dificuldade de se expor, de promover mudanças. Sensação essa que faz com as pessoas percebam que pertencem a algum lugar, mas não àquele em que se encontra. Um lugar que precisa ser descoberto.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Filmes de março


1. Uma Mulher Sob Influência (John Cassavetes, EUA, 1974) ****

2. A Quarta Aliança da Sra. Margarida (Carl Theodor Dreyer, Suécia, 1920) ****½

3. O Garoto (Charlie Chaplin, EUA, 1921) **½

4. Close-Up (Abbas Kiarostami, Irã,1990) ****½

5. A Erva do Rato (Júlio Bressane, Brasil, 2008) ****

6. Era Uma Vez no Oeste (Sergio Leone, Itália/EUA, 1968) ****½

7. Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas (Arthur Penn, EUA, 1967) ****

8. Monsieur Verdoux (Charles Chaplin, EUA, 1947) ****½

9. Rango (Gore Verbinski, EUA, 2011) ***½

10. Gosto de Cereja (Abbas Kiarostami, Irã/França, 1997) ***½

11. Playtime – Tempo de Diversão (Jacques Tati, França/Itália, 1967) ****

12. Bruna Surfistinha (Marcus Baldini, Brasil, 2011) ***

13. Inverno da Alma (Debra Granik, EUA, 2010) ***

14. Poesia (Lee Chang-dong, Coreia do Sul, 2010) ***½

15. Malu de Bicicleta (Flávio Ramos Tambellini, Brasil, 2010) **½

16. Tio Boonmee Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (Apichatpong Weerasethakul, Tailândia/Reino Unido/França/Alemanha/Espanha/Holanda, 2010) ***

17. Um Lugar Qualquer (Sofia Coppola, EUA, 2010) ****

18. Deixe-me Entrar (Matt Reeves, EUA/Reino Unido, 2010) ***

19. O Rio Sagrado (Jean Renoir, França/Índia/EUA, 1951) **½

20. Jogo de Poder (Doug Liman, EUA/Emirados Árabes, 2010) ***½

21. Sexo Sem Compromisso (Ivan Reitman, EUA, 2011) **

22. Vamos Nessa (Doug Liman, EUA, 1999) ***½

23. Gertrud (Carl Theodor Dreyer, Dinamarca, 1964) ****½

24. Alma em Pânico (Otto Preminger, EUA, 1952) ****

25. Não Me Abandone Jamais (Mark Romanek, EUA/Reino Unido, 2010) **

26. VIPs (Toniko Melo, Brasil, 2010) ***½

27. Sucker Punch – Mundo Surreal (Zack Snyder, EUA/Canadá, 2011) *½

28. A Sombra de Uma Dúvida (Alfred Hitchcock, EUA, 1943) ***½

29. Redenção (Roberto Pires, Brasil, 1959) ***

30. A Grande Feira (Roberto Pires, Brasil, 1961) ****