segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Beleza e talento juntos num só ser

Os colegas de blog Fabiana (A Culpa é da Crítica) e Alex (Cine Resenhas) me enviaram esse Meme que tem como objetivo eleger as dez atrizes mais belas e talentosas da atualidade em minha opinião. Aliar essas duas qualidades não é fácil, mas tem muitas garotinhas por aí que esbanjam nos dois quesitos. Uma lista de dez só é possível porque mulheres como Natalie Portman, Monica Belucci, Rachel Weisz, Juliette Binoche e Najwa Nimri ficaram de fora. Mas vamos à lista:

Naomi Watts


Julie Delpy


Catalina Sandino Moreno


Alice Braga


Eva Green


Clotilde Hesme


Laura Linney

Gong Li


Jennifer Connelly


Scarlett Jonhansson

domingo, 28 de setembro de 2008

Adeus a Paul Newman

Morre Paul Newman aos 83 anos de idade (1925-2008). Há um bom tempo em estado terminal de câncer, a vida deu descanso a um astro que nos deu tantos momentos incríveis nas telas dos cinemas. Mais uma perda irreparável.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Curtinhas

Escola do Riso (Warai no Daigaku, Japão, 2004)
Dir: Mamoru Hosi


Além de ser um filme pouquíssimo visto no país, o japonês Escola do Riso é uma grande surpresa que em seus primeiros momentos não chega a prever o alto nível alcançado pela película em sua metade final. Se pensarmos que o filme se passa quase completamente dentro de uma sala com dois personagens dialogando, a coisa fica mais interessante ainda. No Japão dos anos 40, um sensor (Kôji Yakusho, visto posteriormente em Memórias de uma Gueixa e Babel) analisa roteiros de peças de teatro e corta tudo aquilo que em sua visão fere a moral e os bons costumes da sociedade. A paródia de Romeu e Julieta feita por um jovem roteirista (Goro Inagaki) é o mote central do filme. No embate entre os dois, o roteiro é constantemente escrito e discutido. Escola do Riso constitui uma defesa da pura comédia como forma de libertação do homem. Faz isso com graça, mas alcança momentos dramáticos quando faz um estudo do sensor enquanto um homem sério e solitário, escravo do sistema repressor, mas que após aquela experiência irá enxergar um lado mais cômico da vida. A cada nova cena, um novo enquadramento, um ângulo inusitado, uma iluminação apropriada, um movimento de câmera específico. Tudo para que a história não se torne enfadonha. Um grande acerto.


Irina Palm (Idem, França/Bélgica/Inglaterra/Luxemburgo/ Alemanha, 2007)
Dir: Sam Garbarski


Quando soube da existência desse filme há alguns meses, imaginava que se tratava de algo mais cômico e irreverente. Ora, o que esperar de um filme em que a protagonista, uma senhora de meia idade, a fim de pagar o caro tratamento médico do neto, passa a trabalhar num clube privê masturbando os clientes? Isso mesmo, a atriz e roqueira Marianne Faithfull interpreta Maggie, uma viúva londrina, recata e cheia de amigas da alta sociedade, que secretamente faz esse sacrifício pelo neto. Com mãos suaves e eficientes, acaba se tornando um grande sucesso entre homens que freqüentam o local; Irina Palm é seu nome de guerra. Mas o filme não possui nada de jocoso. Nessa trajetória, somos testemunhas da relação um tanto difícil dela com o filho, repleto de dívidas e que não parece ter a mesma garra que a mãe para conseguir o dinheiro necessário. É quase como se aquela situação fosse um fardo para ele. Ao mesmo tempo, Maggie se mostra uma pessoa solitária e que busca ajudar a todos ao seu redor. Nesse sentido, uma discussão sobre moralidade fica bem evidente: como podemos julgar uma personagem que se submete a um trabalho visto por muitos como degradante por uma causa maior? Sem moralismo, o filme leva sua personagem ao caminho do bem estar pessoal uma vez que Maggie faz o que faz por um motivo digno. No final, há recompensas.


Braking News – Uma Cidade em Alerta (Daai si Gin, Hong Kong, 2004)
Dir: Johnnie To


Descobri que o cineasta Johnnie To produz uma média de três a quatro filmes por ano, uma marca incrível se considerarmos o grande esforço e trabalho para a realização de um longa. E mesmo estando mais ligado ao gênero policial, seus filmes parecem trazer sempre algo de interessante e novo. Se em Exilados ele trava de companheirismo e lealdade, em Breaking News ele desmascara a possibilidade de manipulação da mídia jornalística. Numa Hong Kong cada vez mais violenta, um grupo de assaltantes promove um tiroteio com a polícia no meio da rua (um plano-seqüência memorável), e a mídia passa a acusar o sistema policial de ineficaz. Quando o mesmo grupo invade um edifício fazendo algumas reféns, é a vez de o governo mostrar o seu trabalho e equipa os policiais com câmera para registrar as ações em que eles mostram serviço. O material é logo veiculado nas tevês para que todos vejam o trabalho da polícia. Mas ao mesmo tempo, os bandidos, dentro dos prédios, também começam a filmar e registrar os momentos em que eles conseguem impedir o avanço das forças policiais. Essas imagens também são enviadas para a mídia. E agora, em que acreditar? Aliado a essa discussão tão atual e pertinente, To ainda cria excelentes cenas de ação, que apesar de alguns momentos confusos, não desmerecem a competência de seu realizador.


Kika (Idem, Espanha/França, 1993)
Dir: Pedro Almodóvar


Não sei por que mas sempre achei que esse filme do Almodóvar seria por demais exagerado e escrachado. Kika tem lá seus excessos (em Almodóvar podemos chamar algo de excesso, ou simplesmente de personalidade?), mas desenvolve sua narrativa com vigor e uma inventividade cheia de esquisitices. A maquiadora Kika (Veronica Forqué) tem um caso com o escritor Nicholas (Peter Coyote) e quando o enteado dele, Ramón (Alex Casanovas), é dado como morto, ela é chamada para maquiar o defunto quando descobre que o rapaz está vivo. Os dois se apaixonam e vão viver juntos. Mas essa é só a ponta de uma história cheia de reviravoltas (que na segunda metade enfraquece um pouco a narrativa) e que vai da mais pura comédia, passando pelo humor negro até alcançar ares de mistério e filme policial. Outros personagens estranhos completam o quadro: a empregada lésbica (Rossy De Palma) apaixonada pela patroa; seu irmão ex-ator pornô e perturbado mentalmente (Santiago Lajusticia), responsável pela cena de estupro mais hilária que eu já vi, elevando a carga de humor negro do filme; e principalmente Andrea Caracortada (Victória Abril), a apresentadora de um programa de TV sensacionalista que apela para a desgraça da vida das pessoas. O colorido intenso e característico do diretor espanhol perpassa e intensifica toda a narrativa. Kika parece um ensaio, um filme de transição entre a afetação e a maturidade próspera de seu realizador.


O Procurado (Wanted, EUA, 2008)
Dir: Timur Bekmambetov


O Procurado começa mal e continua no mesmo nível baixo até o seu fim. Imagine aí uma sociedade secreta que tem como função matar pessoas que farão mal à humanidade. Sabe como eles descobrem isso? Através de um código binário que se identifica pelas fibras de tecido confeccionado por um tear (??????). Wesley Gibson (James McAvoy), um medíocre contador, descobre que seu pai era membro da tal sociedade e acabou de ser assassinado; Wesley precisa assumir o lugar deixado por ele. Passa a ser treinado por Fox (Angelina Jolie, com cara de machona o tempo todo) sob a supervisão do líder da sociedade (Morgan Freeman). Habilidades especiais à lá Matrix vão surgir nele logo, logo. O absurdo da trama só perde para as cenas de ação forçadas, manipuladas e na quais se tenta incluir algumas pitadas de humor que não têm graça nenhuma. Na verdade, o filme todo possui essa tentativa de trazer humor, principalmente através do personagem do McAvoy, que surge meio abobalhado na maioria das cenas. E o pior são os estereótipos ridículos que aparecem em outros personagens como a chefe chata e gordona de Wesley ou seu amigo cara-de-pau que está transando com sua namorada rabugenta. E nos créditos finais eu ainda tomei um susto quando vi que a trilha sonora era assinada por Danny Elfman. Ou esse é um homônimo daquele Danny Elfman que eu estou pensando ou isso é o que conhecemos por decadência.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mostra Cinema Conquista


Mais uma edição da Mostra Cinema Conquista se aproxima. Expectativas em alta para a programação de filmes nacionais que irão compor a programação. Uma pena que esse ano a Mostra será menor, com apenas cinco dias de atividades (7 a 11 de outubro), entre exibição de filmes, oficinas, mesas-redondas, seminários, lançamentos de livros, mas nem por isso menos intensa. Como não estarei trabalhando, como no ano passado, me dedicarei exclusivamente a absorver tudo aquilo que vier em minha direção em forma de filme, conhecimento, opinião e discussão e tentarei ao máximo alimentar o blog durante o evento. Que venha a Mostra. O site oficial, juntamente com a programação completa, pode ser acessado aqui. E como já disse Glauber Rocha: “Acorda, humanidade!”.

domingo, 21 de setembro de 2008

Cúmplices da tortura

Violência Gratuita (Funny Games U.S., EUA, 2008)
Dir: Michael Haneke


Assistindo novamente ao Violência Gratuita feito em 1997 pelo mesmo diretor descobri um gosto muito maior pelo filme do que quando vi pela primeira vez; essa versão atualizada (copiada, na realidade), sendo exatamente igual a primeira, possui as mesmas qualidades. Só peca por ser algo já visto, sem novidade alguma. Mas Michael Haneke continua um grande provocador e nesse(s) projeto(s) leva o espectador a um estado de tensão poucas vezes alcançado.

Ao passar as férias na casa de campo, uma família se vê ameaçada por dois jovens que aparecem misteriosamente na propriedade. O que inicialmente se mostra uma aproximação amigável, vai tomando ares de intimidação até chegar ao ponto da mais pura humilhação e tortura física. Tudo gratuitamente.

Por isso mesmo gosto bastante do título em português que considera toda a violência como algo sem propósito (nunca sabemos os reais motivos por que aqueles dois fazem aquilo). Seria uma crítica à banalização da violência que vai mais adiante ao criar com o espectador uma relação de cumplicidade. Num jogo metalingüístico, os agressores olham diretamente para a câmera e conversam com o público, como se fossemos coniventes com tudo aquilo e a sede do espectador por violência fosse o alimento da continuidade dos atos dos personagens.

Ao mesmo tempo, a idéia de funny games (jogos engraçados, do título original) entrega toda aquela situação como uma brincadeira perversa. Os níveis de tensão aumentam a cada situação opressora, mas não é isso que vemos como qualidade? Além disso, o título entrega o próprio filme como um truque, uma armação, do qual também somos coniventes (estamos assistindo a uma ficção, mas não deixamos de nos envolver emocionalmente com a estória). Numa cena espetacular, um dos jovens, depois de um acontecimento que o desagrada muito, pega um controle remoto, faz voltar a ação (o filme retrocede imediatamente) para desfazer o ato. Esse é o jogo e são eles que o controlam.

Embora Haneke copie cena a cena seu filme anterior, fica evidente uma direção segura e visivelmente bem planejada em todos os momentos. E mesmo que o filme se utilize da violência para discuti-la, ela nunca é usada como forma de promoção do filme já que as cenas mais pesadas nunca são mostradas. O filme apela para a memória coletiva do público que já viu e foi exposta a várias cenas de violência e tortura (principalmente no cinema). Talvez esse seja um dos maiores acertos do diretor.

Além disso, um elenco de peso faz jus a todos os atores do filme anterior. Tim Roth e Noimi Watts interpretam o casal, ambos marcados pela sutileza de seus personagens que mais tarde dão lugar a um desgaste físico impressionante. Mesmo o ator mirim Devon Gearhart, como o filho do casal, surge com uma expressividade ímpar. Já Michael Pitt e Brady Cobert são de um cinismo absurdo, nunca soando exagerados como os “vilões” da história. Mas se a história possui mesmo um vilão, não seria ela a exposição à/da violência?

terça-feira, 16 de setembro de 2008

1 ano e 10 filmes

A idéia de fazer um blog de cinema já rondava minha cabeça antes de, juntamente com a colega Andressa Cangussú, começarmos a escrever no Cinematógrafo XXI. Daí nos separamos e há exatamente um ano dei o pontapé inicial neste novo espaço. Para não passar a data em braço, seleciono aqui uma lista (adoro elas) de dez grandes filmes, sem critérios pré-definidos de escolha, que foram comentados por aqui nesse curto período de existência. Vejamos no que essa salada vai dar. E obrigado a todos vocês que aparecem por aqui, comentando ou não, fazendo do Moviola Digital um espaço vivo.
















































sábado, 13 de setembro de 2008

Infelizes para sempre

Margot e o Casamento (Margot at the Wedding, EUA, 2007)
Dir: Noah Baumbach


Depois de um A Lula e a Baleia maravilhoso, o diretor de cinema independente Noah Baumbach continua no mesmo caminho ao abordar o tema familiar, mas esse mais novo Margot e o Casamento é bem diferente de seu trabalho anterior. Na tentativa de fugir dos clichês das fitas indie, o filme acaba por ser uma tanto mais afetado na medida em que aumenta a carga de “esquisitices” do roteiro. Mesmo assim, promove bons momentos, principalmente quando envolve o estudo de personalidade da protagonista e sua irmã.

Margot (Nicole Kidman, em grande fase depois de um tempo fazendo bobagens) há muito não vê a irmã Pauline (Jennifer Jason Leigh) que está preste a se casar pela segunda vez. Margot resolve reatar relações e parte com o filho para a casa onde sua irmã vive com o noivo (Jack Black) e uma filha do primeiro casamento. Nem é preciso dizer que esse retorno vai mexer com a vida das duas personagens.

Tudo no início parece muito familiar e aprazível para elas, mas é aos pouco que surgem as pendências amargas do passado das duas irmãs. Detalhes como o abuso e agressão cometidos pelo pai de ambas e o fato de que o primeiro casamento de Pauline tenha acabado por interferência de Margot, surgem como se fossem detalhes sem importância. Nesse sentido, o filme, sabiamente, não expõe claramente todos os pormenores da vida de Pauline e Margot, preferindo deixar tais aspectos subtendidos na narrativa. E eles são cruciais para entendermos as atitudes delas.

Ainda assim, o filme sempre procura assumir um tom mais cômico e leve, a despeito da delicada situação de Pauline (revelado de forma bem sutil, aliás). Ela sempre viveu à sombra dessa irmã prepotente, mas nunca levantou voz contra ela. Todas as vezes que Margot faz alguma coisa que possa prejudicá-la, ela nunca responde à altura. Ela parece fazer questão de esconder as cicatrizes, talvez para que elas não voltem a doer. Não nota que com isso os rumos de sua vida sempre vão estar sujeitos às interferências de outras pessoas. Margot, por sua vez, mantém o seu ar controlador e independente, se fazendo de forte, mesmo machucando aqueles ao seu redor.

Daí partimos para o ótimo nível de atuação de Nicole Kidman e Jennifer Jason Leigh. Uma naturalidade muito grande exala da química entre as duas, embora farpas estão a todo momento sendo disparadas em pequenas doses, até o clímax em que as personagens, Jennifer Jason Leigh em especial e com muita competência, explodem. Sobra Jack Black que, na tentativa de fazer drama com uma pitada de comédia, ficou enroscado entre as duas coisas e soa perdido, mal aproveitado.

O tratamento dado às duas personagens é o grande atrativo do filme, mas o roteiro em alguns momentos se torna inconstante, marcado por cenas que não chegam a contribuir em nada para a obra (Margot ficando presa na árvore, o sapato que ela tenta devolver aos vizinhos). Com uma narrativa mais seca e direta, Margot e o Casamento transita entre o sutil e o excêntrico; um balanceando o outro.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Dobradinha turco-germânica

O cineasta Fatih Akin ganhou maior notoriedade ao receber o Urso de Ouro em Berlim em 2004 por Contra a Parede. De descendência turca e criado na Alemanha, ele traz para seus filme a influência marcante da cultura da Turquia, principalmente a musical. Seus personagens transitam entre os dois países, algo que o possibilita falar sobre origem e lugar de cada um no mundo. Seu filme mais recente, Do Outro Lado, fez parte da seleção do festival de Cannes em 2007, do qual saiu com o prêmio de Melhor Roteiro, provando que ele conseguiu mesmo ser apreciado mundo a fora.


Contra a Parede (Gegen Die Wand, Alemanha/Turquia, 2004)


Além de tratar da falência e da banalização do casamento em nossa sociedade atual, Contra a Parede traz também uma forma de redenção para seus personagens. Sibel (Sibel Kekilli) mora na Alemanha com sua controladora e tradicional família de origem turca e desejando maior liberdade acaba tentando o suicídio. Na clínica de recuperação ela conhece o inconseqüente Cahit (Birol Ünel), também de origem turca e lhe propõe um falso casamento somente para que ela possa se livrar da autoridade de sua família. Sob o mesmo teto, cada qual vive independentemente, mas a aproximação dos dois vai se configurando até o momento em que uma tragédia os separa. Parece comum nos filmes do Akin as várias reviravoltas no roteiro e é justamente essa ao fim que minimiza o desenvolvimento da narrativa e consequentemente a força do filme. A agilidade do início perde para o tom pesado e visceral dos momentos finais. Uma excelente trilha sonora, numa mistura de ritmos, embala a história e talvez seja o grande atrativo do filme.


Do Outro Lado (Auf der Anderen Seite, Alemanha/Turquia/Itália, 2007)


Do Outro Lado é um filme sem protagonistas. As reviravoltas do roteiro entrelaçam a história de cada um dos personagens sem parecer forçado uma vez que cada qual possui sues próprios dilemas. O velho pai de Nejat se casa com a prostituta Yeter para que o satisfaça (todos são de descendência turca); Ayten, sua filha, mora na Turquia e elas não possuem contanto desde muito tempo. Depois que Yeter sofre um acidente fatal, Nejat parte para a Turquia em busca de Ayten. Mal sabe ele que a garota foi obrigada a fugir de lá, por envolvimento com grupos de ativistas políticos, para a Alemanha e conheceu a bela Lotte com a qual começa uma aproximação amorosa, a contragosto de sua mãe. Se em Contra a Parede as reviravoltas no final tiram a força da película, esse é justamente o grande mérito desse longa. A história é amarrada de forma segura e precisa pelo diretor-roteirista e se fecha perfeitamente. É também uma ótima oportunidade para se discutir a idéia do não pertencer a um lugar específico. É como se seus personagens estivessem sempre à procura de um lugar onde se sintam livres e realizados, e assim, encontrem a si mesmos. Mas no fundo, Do Outro Lado é ainda um filme sobre pais e filhos e sobretudo sobre sacrifício. Aquele que nos faz agir de acordo como nossos corações, independente das conseqüências. E aquele que nos faz perdoar, principalmente.